sexta-feira, 30 de maio de 2008

Desafiando a Deus - Aprovação do uso das células tronco.


Vivemos ontem um dos dias mais escuros de nossa historia. Foi aprovado e legalizado o uso de células tronco para pesquisas de possíveis curas de algumas doenças sem tratamento.

Segundo o ministro da saúde, José Gomes Temporão, foi uma vitória da vida. Pobre ministro, infeliz em palavras e em conhecimento.

O que mais me chamou a atenção nesta campanha de morte foi a posição das Igrejas Protestantes, elas se calaram, se omitiram. Não lutaram, não gritaram, deixaram a morte prevalecer sobre Deus. Foram colaboradoras pelo silencio, não viveram o cristianismo e a obediência que tanto pregam. Mais uma vez faltou a pratica de viver aquilo que anunciam na teoria. Faltou a coragem de dar a cara a bater. Sobre isto, Deus através da inspiração do Espírito Santo é muito claro: “Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos céus, mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". (Mt 7,21)

Será que faltou as Igrejas o Espírito Santo? O nosso advogado, aquele que nos da à fortaleza para denunciar as injustiças? Porque se calaram? Será que foi para não criar uma imagem negativa diante daqueles que não crêem? Será que não aceitam que a vida é um dom de Deus? Será que não acreditam que a vida dada por Deus acontece na fecundação e não no processo de gestação? Será que esqueceram o nosso papel de construir o reino de Deus? Será que temeram os homens e perderam o temor de Deus?

Você viu alguma manifestação oficial destas Igrejas? Viu alguma marcha ou movimentação? Se existiram, foram poucas... seus programas, shows, congressos, pregações, marchas foram mais importante do que defender a vida.

Somente a Igreja Católica gritou, como sempre fez durante a sua historia. Porque sabemos que não podemos agradar a sociedade, o que nos importa é agradar a Deus. É a ele que devemos a obediência! Tivemos a coragem, porque tivemos o Espírito Santo a nos impulsionar para dizer não aceitamos a morte, vivemos a vida de Deus.

Alguns podem me questionar, ou podem pensar que a Igreja é contra o avanço da ciência, ou que ela não tem pena de tantos doentes que agora podem ter a esperança da cura.

Este questionamento é rapidamente derrubado, quando analisamos que não podemos promover a cura de "um" com a morte de outro. A ciência tem que avançar ao ponto de tirar a vida da vida e não da morte.

Também pensamos naqueles que estão na cadeira de rodas, e hoje cheios de esperança, associam a morte de milhares, com a possibilidade de sua cura. E se no amanha, os resultados não forem os esperados? Quem pagará pelas mortes e quem consolará aqueles que viverem da esperança?

Nós Católicos cremos em Deus e cremos que a vida é formada antes do nascimento, como descreve o profeta Isaias. Também vemos esta afirmação no Salmo 139 que diz: " Fostes vós que plasmastes as entranhas de meu corpo, vós me tecestes no seio de minha mãe.Sede bendito por me haverdes feito de modo tão maravilhoso. Pelas vossas obras tão extraordinárias, conheceis até o fundo a minha alma. Nada de minha substância vos é oculto, quando fui formado ocultamente, quando fui tecido nas entranhas subterrâneas."

Quem poderá dar a vida senão Deus? Quem terá o direito de tirá-la senão o criador de todas as coisas. Uso de celular tronco é aborto, o feto tem vida no ato da fecundação, se assim não fosse verdade, não teria o desenvolvimento necessária ao nascimento.


Não matarás! (Êxodo 20,13)

Que os crimes legais contra a vida de inocentes recaiam sobre todos aqueles que lutaram pela aprovação destas pesquisas e em todos aqueles que se calaram e esquecerem de defender a vida e a Deus.

Segue o link da nota Oficial da CNBB sobre esta triste decisão: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u406873.shtml


Luis Rocha.

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